drama / romance

Amores de Chumbo

“Esse passado é um eterno presente”.

Amores de Chumbo conta a história de um triângulo amoroso questionando o limite de cada um diante de segredos e paixões interrompidas. Quarenta anos separam Maria Eugênia, escritora pernambucana radicada na França, do casal Miguel e Lúcia que acabam de comemorar união de quatro décadas. O retorno de Maria Eugênia suscita dúvidas e desconfianças há muito tempo guardadas. Miguel, professor de Sociologia e ex-preso político, deseja encarar a verdade e Lúcia, parceira de vida que se dedicou a tirá-lo da prisão, quer fugir dela. É pelo ponto-de-vista desses três personagens centrais que revivemos a história política e social da época do chumbo; uma história que mudou o rumo de muitas vidas.

Muitos sentimentos permeiam essa trama baseada nas humanidades dos personagens. Ao lidar com os dois lados de cada personagem principal, o filme trata da capacidade do ser humano de cometer erros e se reinventar. Relações afetivas serão tratadas à luz da consciência histórica e política do país, utilizando como pano de fundo cenários da região Nordeste, e abordando as relações amorosas e sexuais entre pessoas com mais de 60 anos, comunidade pouco explorada na cinematografia brasileira. Numa perspectiva que é ao mesmo tempo individual e coletiva, o filme questiona o quanto um determinado contexto social e político pode interferir na vida pessoal de cada um de nós.

O fato de 70% da população brasileira ter nascido após o Golpe Militar de 1964 traz relevância à produção do filme, no que diz respeito a tratar um momento politico importante para a história do país. O Estado de Pernambuco é conhecido como um dos mais violentos em repressão política durante a Ditadura Militar no Brasil, porém não há um longa-metragem de ficção sobre a temática realizado no Estado.

O Funcultura – Fundo de Cultura de Pernambuco, através de edital público, incentivou, em 2008, o desenvolvimento da primeira versão do roteiro de Amores de Chumbo. Inspirada por reais histórias reais de amores vividos nesse período, a diretora e roteirista escreveu a primeira versão da ficção. Após alguns anos e a evolução do projeto, o argumento mudou de tal maneira que foi necessário reiniciar o processo de desenvolvimento. Estabeleceu-se a parceria entre a Plano 9 e a Garimpo, produtora de Tuca Siqueira. Em 2013, o Edital do Funcultura contempla o projeto com o fomento para a fase de produção do Amores de Chumbo e a roteirista Renata Mizrahi é incorporada à equipe do filme. No ano seguinte, o filme é selecionado pelo edital de desenvolvimento do FSA – Fundo Setorial do Audiovisual – PRODAV 5 (Ancine/Brde).

O filme conta com a consultoria de roteiro de Miguel Machalski e, ainda em 2014, é selecionado para o BrLab, laboratório de desenvolvimentos de projetos da América Latina, realizado em São Paulo/ Brasil; em 2015, foi convidado para o Cinéma en Développement do Festival Cinélatino, em Toulouse/França.


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